DAN ORSA em, canal de ideias
Opniões e escritos.
domingo, 8 de abril de 2012
Males e Mares...
domingo, 10 de julho de 2011
MAC & DONALD
Estamos passando por um momento interessante no país. A música sertaneja está cada vez mais comum no coração das pessoas. Novas duplas, trios, bandas espalhando a música caipira (na melhor atribuição à essa palavra) com uma nova cara.
Sertanejos têm novas roupas, novas letras, novas misturas. Sanfona mais guitarras pesadas, bateria em comunhão com a zabumba. E é esse o sucesso: A Novidade.
Antigamente ouvíamos canções belíssimas onde seus interpretes tão sofridamente pregavam: “Pense
Como vários outros, que penavam a amargura do amor. Posso relembrar, até que nostalgicamente, dos saudosos gritos de Zezé ao suplicar: “É o amooooooor! Que mexe com a minha cabeça e me deixa assim...”
Tão lindo. Um amor quente que clama pelo outro quase que humilhantemente. Mas tinha problema nisso? Não, problema algum! Era importante, demonstrava carinho de um modo crú e muito real, para aquela época.
E hoje, no Brasil do século vinte e um, qual é a missa sertaneja?
Guilherme e Santiago respondem: “E daí?! Se eu quiser farrear, tomar todas no bar, sair pra namorar? O que é que tem? Foi você quem falou que a paixão acabou. Que eu me lembre não sou de ninguém.”
Surge então um amor independente, que pertence à todos mas no fundo é tão sozinho como o mundo. Esse é a nova retórica sertaneja. Isso é ruim? De modo algum! É um reflexo do que nós somos, gostamos e comemos. Alimento suficiente para um momento, onde logo estaremos famintos por mais.
Um amor fast food. Confessamos com repugnância que nos lambuzamos nele e somos loucos para largar dessa facilidade e se alimentar mais saudavelmente.
Falamos até: Começo a dieta na segunda-feira. Basta de amor fast food!
Só que quando chega o final de semana, e o forró bate na porta, ficamos tão perdidos no buffet, nas possibilidades variadas do cardápio, que na segunda o que queremos realmente é espalhar o novo tipo de prato que comemos no sábado. E a dieta vai por água a baixo.
Quem um dia não queria receber um bilhete com o seguinte dizer: Ah! Eu adoro amar você! Como eu te quero, jamais quis. Você me faz sonhar, me faz realizar. Me faz crescer, me faz feliz!
É uma receita eficaz. Não provoca rugas, deixa o individuo mais feliz, de bom humor e de bem com a vida, que é o mais importante. Mas ficamos tão desesperados por matar nossa fome interior, esse vazio natural de toda natureza humana, que acabamos nos entregando as facilidades do momento, aos pratos rápidos.
Simples assim: Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles no pão com gergelim. É o Amor Big Mac. O que sobra é uma ressaca moral na manhã seguinte.
Por que eu não gastei um pouco mais de tempo, de cuidado, e esperei pela comida certa? Nossa... a fome (A Solidão) era tanta que eu comi a primeira coisa que vi pela frente.
Pois é, essa pressa que está fazendo com que, a cada dia que passe, novos egos obesos inflem ao nosso redor. Ar por dentro. Estamos completamente vazios. Sedentos por um amor de verdade.
Me assusta imaginar até onde iremos, até quando o amor vai suportar tamanhas transformações. As canções são apenas um reflexo da realidade atual, pós-moderna.
Claro, existem alguns artistas, algumas músicas, que salvam nossa geração, mas não é uma redenção suficiente e sabemos disso. É quase que um grito por resistência e temo imaginar que seja um socorro de uma minoria.
Quem será o próximo ídolo do Brasil? Como serão as novas canções? Como nos descreveram no futuro? Até onde mudaremos e como nos veremos nas músicas tocadas repetidas vezes nas rádios? Ainda não sei responder. Então, só nos resta esperar!
Do samba ao rock, estamos em constante transformação e construção da realidade, mas sempre com a mesma fome. E onde iremos comer? De qual fonte beber?
Novas lanchonetes estão por vir, acompanhando nossa pressa, nossos desejos. E nossos novos refrões e estribilhos também. Acompanhemos, então, quem será o novo sucesso e como estará a nossa cara nas paradas sertanejas.
CAL CRISPIM
#TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS, NÃO COPIEM SEM AUTORIZAÇÃO!
terça-feira, 7 de junho de 2011
Escravo do livro, Liberto pela palavra.
Onde está a Liberdade Religiosa?
Professor - Você faria um trabalho sobre o Budismo?
Estudante - Acho que sim. Depende. Professor - Para ficar mais próximo da nossa cultura poderia ser, ao invés de Budismo, Candomblé?
Estudante - Não, de jeito nenhum!
O medo é uma "ferramenta" da evolução para uma reação imediata à situações de perigo! Utilizamos principalmente para coisas que não conhecemos. É mais seguro permanecer com o que acontece há anos, que se arriscar fazendo algo novo! Parece coisa de covarde mas é assim desde antes do primeiro Homo Sapiens Sapiens.
Acontece que algumas vezes alguns iluminados, se desenvolvem na sua capacidade mental e se dispõem a controlar esta "ferramenta". Deixando o medo do que não se conhece! E assim fazemos descobertas brilhantes e aceleramos o esclarecimento do resto da humanidade! Pessoas como Cristóvão Colombo e Cabral, que se lançaram ao mar numa época em que muitos acreditavam que a Terra era plana! E o mais importante: pegando um roteiro DESCONHECIDO, que trouxe-lhes ao Novo-Mundo.
Ta certo que os "descobridores" não são os melhores exemplos de compreensão religiosa, pelo contrário! Mas o que importa é a ideia central aqui. Abandonar os medos. Se alguém de uma religião passa a entender um pouco mais de uma outra, não estará traindo a sua própria. E se estiver, que tipo de religião é essa que doutrina a ignorância (falta de conhecimento)? Acho que uma religião assim deve ter tanto medo de perder fiéis que os proíbe de se relacionar de qualquer forma com outras de qualquer tipo. Principalmente se for de matriz africana!
Não estou sugerindo que quem for conhecer o Candomblé irá conhecer um novo mundo! Estou tentando dizer sem o fervor de costume, que sempre que deixamos o medo de conhecer de lado, descobrimos que as nossas verdades absolutas não deveriam vir acompanhadas deste adjetivo!
Antes de finalizarmos queridos leitores, simbolicamente façamos o seguinte:
Quem se considera negro, preto, pardo, mulato ou de qualquer outra etnia oriunda dos povos africanos de pele escura, levante a mão!
Quem considera que as religiões pagãs de falsos deuses são do Diabo, levante a mão.
Quem considera que o que está escrito na Bíblia é a palavra de Deus (portanto a VERDADE) transcrita pelo homem, levante a mão.
Se você levantou a mão para todas as considerações, sinto muito em lhe informar mas, de acordo com as bases da sua religião, você e os seus descendentes estão destinados à maldição divina de escravidão e servidão devido aos atos de um ancestral comum chamado Cam, do qual os povos de pele escura se originaram.
De acordo com estes escritos da Bíblia Sagrada, mais precisamente em Génesis, 9, 18-27:
- Maldito seja Canaã! Que ele seja, para seus irmãos, o último dos escravos.
- Bendito seja Iahweh, o Deus de Sem, e que Canaã seja seu escravo! Que Deus dilate a Jafé. Que ele habite nas tendas de Sem, e que Canaã seja teu escravo!
A narração das escrituras segue estendendo às gerações de Cam, os Camitas, a servidão para com as gerações de Sem e Jafé, os outros dois responsáveis por repovoar a Terra. “... dentro desta lógica, a pele negra é uma maldição divina devida ao desrespeito e à rejeição da autoridade paterna.” (West citado por Giroux, 1999: 136).
Não quero com isso influenciar a ação de ninguém com relação à religião, eu apenas acredito que uma religião tão controversa e com bases tão questionáveis, não deve "meter o bedelho" nas doutrinas de nenhuma outra religião! E mais, subjugar o povo que sustenta a instituição e não lhes alertar desta maldição, é ou não de se desconfiar destes líderes? Me desculpem, mas se você acredita que o Candomblé é uma religião do Diabo, eu prefiro acreditar que você realmente está condenado à escravidão, não pelo que está escrito no seu livro, mas sim pela sua ignorância e falta de respeito!
sábado, 28 de maio de 2011
O Chamado Negro
quarta-feira, 30 de março de 2011
Puta Sacanagem#
Nunca duas palavras se combinaram tanto no Brasil. Puta e Sacanagem poderia ser o nome de uma nova dupla sertaneja. E que seja! Louvemos então:
Qual é a nova música de vocês? Vocês são a nova tendência musical, moral, religiosa, cultura na terra Tupiniquim! É a sensação do momento!
Puta e Sacanagem são encontradas em todas as lojas e, por que não dizer, em todos os canais. Por que para todos os programas que eu assisto encontra sempre esse fenômeno pós-moderno.
Ser puta é um sucesso, sacanagem? Melhor ainda!
Me avisaram: Tem Puta e Sacanagem passando no cinema! Corri para assistir o filme que conta a vitória gloriosa de uma prostituta, viciada em drogas, que conseguiu, ao custo de muitas fodas, conseqüentemente e literalmente, fudendo com a vida de muitas pessoas, sobreviver a esse mundo cruel sem um ensino digno, uma base familiar ou com os alicerces de uma vida saudável.
Bravo Puta! Bravo Sacanagem!
Aplaudi no final do filme. Percebi como é uma idiotice me preservar como indivíduo ou fazer sexo com camisinha e, o melhor de tudo, não preciso me preocupar em casamento, pois sempre existirá um homem casado para se divorciar a fim de encontrar uma mulher “disponível”.
Estudar pra quê, né ?! Se posso ter um Flat pagando por horas de sexo. Posso escrever um livro sobre como vencer na vida sendo puta e, mais, ganhar dinheiro com textos de sacanagem e sobre auto-ajuda!
Viva a Literatura Puta! Viva à Sacanagem!
E você acha que só tem essa dupla no cine ou nas páginas? Não! Tem puta e sacanagem por todos os cantos do Brasil!
Avisaram-me: Tem Puta e Sacanagem na televisão!! Corri para sala e liguei o aparelho numa emissora muito renomada, que de Puta e Sacanagem entende muitíssimo bem. Estava passando o ultimo episódio de um reality show.Que delícia. Lá encontrei vários heróis se embebedando e danço enlouquecidamente. E quem nunca fez isso que atire o primeiro control-remoto!
E lá estão eles, nos representando. Divulgando seus corpos para uma próxima revista de nu “artístico”. Adorados durante alguns meses para serem esquecidos ou trocados por novos duplas sertanejas, talvez novas Putas, ou novas Sacanagens. Depende mesmo do interesse de NÓS telespectadores.
E venceu! Pelos Céus, a Puta Venceu!
Ganhou o prêmio e quem votou nela fui eu! Foi você! Fomos nós que assistimos várias vezes e rimos, cantamos e curtimos do seu sucesso!
E ela venceu! Dentre várias duplas, ela foi contemplada e parabéns pela bolada!
Que venham novos programas, com sua demência cognitiva. E que lutem por nós, esses tais heróis brasileiros, como nós que adoraríamos ganhar um milhão no final do dia e não conseguimos um digno puto se quer.
Mas que vença o melhor Herói, ou seja, a melhor dupla. Que vença sempre a melhor puta!
sábado, 12 de março de 2011
O Triste Fim de Policarpo Quaresma 2.0
A primeira linha desta postagem diz tudo a respeito do tema a ser tratado, exceto o mesmo. Mas não é difícil descobrir qual é, basta responder a seguinte pergunta: que progama televisivo da atualidade expõe a vida forjada dos seus participantes de forma a manipular a opnião dos expectadores, e assim mantê-los interessados nesta perda de tempo e dinheiro?
Big Brother Brasil. Alguém sabe me explicar os motivos do nome deste programa? O Big, o que há de grande nisso? Que parte demonstra grandiosidade? Talvez o prêmio?! Mas se levar-mos em consideração o que os telespectadores disso dão em audiência e ligações, alêm dos patrocínios e Pay-Per-View, o prêmio é "Little". Sigamos com o Brother. Qual parte nos remete à irmandade? Talvez na hora das combinações de voto (covardia)? Ou nos momentos de "crise de abstinência de sexo" dos nossos queridos protagonistas quando eles demonstram algum carinho verdadeiro por alguém, mesmo que ainda duvidoso. Ou quem sabe ainda nos choros dignos do horário nobre, depois que seu apresentador cumpre a sua porção de suspense e divulga o mais novo(a) ex-BBB.
Por último, e mais importante, o Brasil. Que parte alêm do idioma, este programa tem em comum com o nosso país? Passados alguns dias do 8 de março eu pergunto o que da mulher brasileira nos mostra as "sisters" da casa? Como, em um país de tanta miscigenação e com a quantidade de negros que temos, dos não sei quantos participantes uns três são negros? Isso demonstra a proporção de raças no nosso país? Eu não me lembro de um participante sequer que tenha dito ser descendente de indígenas. Talvez tenha aparecido algum. Mas o que importa é que nada de positivo, e nem de semelhante ao nosso país aparece neste programa que lhe dê o direito de usar o nome tão maravilhoso quanto aquele que vem depois das palavras República Federativa, Brasil!
Parece que incorporei no momento da digitação destas linhas, um velho conhecido patriota, um tal Policarpo Quaresma. E creio que ele realmente concordadaria comigo que é anti patriotismo assistir a este programa que se esconde na saia da nossa Mãe Gentil, programa este cujo nome não repetirei por demérito do próprio. Portanto, não vejam estas porcarias que a televisão nos empurra. Leiam um livro; fassam um curso à distância; criem um blog; ou simplismente durmam, Pois qualquer coisa é melhor que isso.